Não que meu trabalho tenha terminado, na verdade ainda há muito a ser feito. Estou mais ou menos na metade do trabalho com a introdução, justificativa, revisão de literatura e definição de métodos de pesquisa praticamente prontos. Mas além destas sobraram outra tarefas, uma delas mais doce e rápida que o usual. A Zhen, minha orientadora estava à cargo do montar o dia de recepção para os calouros internacionais na universidade e me chamou para fazer uma pequena apresentação sobre minhas experiências por aqui.
Assim, eu fiz uma pequena apresentação de dez minutos e compartilhei alguns dos meus medos iniciais, aprendizados posteriores e besteiras ao longo do caminho. Pude comentar sobre a importância do planejamento da interação e da tomada de riscos como parte das habilidades a serem desenvolvidas durante o curso. O sistema britânico faz muito uso de reflexão e crítica e a ferramenta mais comum para desenvolvê-los durante o curso é o diálogo, o que acaba sendo um exercício de interação, retórica, inglês e uma boa forma de conhecer pessoas.
E uma das coisas legais de estudar sobre teorias de aprendizado é poder observá-las funcionando à sua frente e dentro de sua cabeça durante o curso. Com o passar do tempo torna-se possível observar que teoria um professor está usando pelo tipo de técnica que ele emprega ou como o processo de aprendizado funciona no exato momento em que se escreve ou se faz anotações sobre o assunto. Este blog está cheio de exemplos disso.
Enfim, foi uma sensação gostosa poder olhar para trás e lembrar que um ano atrás eu tinha muito desejo de conseguir estar aqui, mas a não tinha a menor idéia se seria capaz de tanto. E agora estou quase terminando o curso e meus prognósticos futuros são mais promissores que eu poderia imaginar anos atrás. Eu poderia ter feito melhor, mas o que consegui já foi muito mais do que eu achava possível. Como uma amiga comentou, se eu mandasse uma mensagem para o meu “eu” que estava começando a carreira profissional a uns dez anos atrás ele provavelmente ficaria surpreso e satisfeito com o que faria no futuro.
De qualquer forma não posso falar dos velhos tempos pois as coisas prometem ficar ainda melhores no futuro.
Reminiscências 
Renato,
É isso aí! O melhor da caminhada não é, tão somente, chegar ao fim, mas olhar e celebrar cada passo e etapa. Acho que voce não está apenas fazendo a caminhada mas aproveitando cada momento dela.
Isso é apenas o começo e muita coisa boa ainda vem por aí em termos pessoais, intelectuais e profissionais.
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